quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Bons exemplos não faltam, porque será que não avançamos?

Segundo a Associação Nacional para Sensibilização, Coleta e Reciclagem de Resíduos de Óleo Comestível (Ecóleo),  o encaminhamento de óleo vegetal usado para postos de reciclagem está gerando renda para 1,8 mil trabalhadores em todo o país. 

São vários os projetos que estão funcionando em vários municípios brasileiros e trazendo resultados positivos para a natureza, a economia e a qualidade de vida. 

Hoje, aqui no nosso blog, estamos disponibilizando (abaixo) duas reportagens que contam resumidamente a história de dois projetos mais recentes. Um deles está sendo desenvolvido pelo poder público e o outro através de um projeto de responsabilidade social de uma grande empresa que busca estimular o empreendedorismo em mulheres. 

Rio de Janeiro lança programa de reciclagem de óleo em escolas públicas

Estimular a reciclagem do óleo de cozinha para o uso como matéria-prima na produção de sabão e de fontes de energia alternativas, como o biodiesel. Esse é o objetivo das medidas de reciclagem e de sustentabilidade ambiental previstas no Programa de Reaproveitamento de Óleos Vegetais (Prove), adotadas a partir de segunda-feira, 18 de novembro, por escolas públicas do Estado do Rio de Janeiro.


O lançamento da iniciativa foi realizado no Colégio Estadual Brigadeiro Schorcth, no bairro da Taquara, zona oeste da capital fluminense. Ao todo, dez escolas participarão da primeira fase do projeto. Cada uma delas receberá uma unidade ambiental para recolhimento do óleo, chamadas de ecoponto. Nesses locais, os cidadãos poderão entregar o óleo que já foi utilizado, além de tirar dúvidas sobre reciclagem e produção de fontes alternativas de energia, informou a Agência Brasil.




Óleo de cozinha usado gera sabonetes, renda e orgulho na Cidade de Deus
Alessandre Mansur
A Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, ganhou novas cores e aromas. Um grupo de mulheres da comunidade passou a produzir sabonetes artesanais a partir de óleo de cozinha usado. O óleo poluidor deixou de entupir os ralos do bairro. O resíduo é coletado e reprocessado para servir de matéria prima para os produtos de limpeza. E as famílias ganharam uma nova fonte de renda e orgulho. Bom para o meio ambiente e para o meio social. O Projeto Bolhas Coloridas é uma boa ideia que também pode ser replicada em outras regiões do país.

O projeto surgiu em 2011 por meio do programa Ellas em Movimento, da Chevron, que busca justamente estimular o espírito empreendedor em mulheres. Um grupo de mulheres de Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio, recebeu cursos de conhecimento geral, empreendedorismo, direitos humanos, marketing, finanças e direitos femininos e ainda um financiamento inicial para estruturar o negócio. “Depois de muita pesquisa de mercado e diálogos, idealizamos e planejamos um empreendimento que pudesse produzir melhorias para comunidade e gerar renda, e assim surgiu a ideia de reciclar o óleo usado de cozinha e criar o Bolhas Coloridas”, afirma Natasha Firmino, uma das sócias.
Os moradores e comerciantes de Cidade de Deus e região vizinhas doam os resíduos de óleo para o projeto Bolhas Coloridas. Atualmente, o Bolhas oferece produtos de limpeza em troca de óleo usado de cozinha para os comerciantes locais se cadastrarem no projeto.“Para estes moradores, é mais vantajoso doar o óleo usado de cozinha, ao invés despejá-lo em locais inapropriados, porque hoje reconhecem que por meio desta ação evitam a poluição do meio ambiente, ajudam a restauração do rio local e melhoram as condições de vida de todos”, afirma Míriam Soares, também sócia do Bolhas Coloridas.

O projeto é uma solução ambiental e social."É uma solução ambiental, porque reduz a quantidade de óleo de cozinha jogada diretamente no meio ambiente e social, porque gera emprego e renda para os moradores de Cidade de Deus", diz a jornalista Gabriela Mafort, consultora da empresa TuddoD/Social. Gabriela e sua colega Kelly Nascimento estão ajudando a estruturar melhor o projeto. Cerca de 300 litros de óleo são aproveitados por mês, na fabricação de cerca de 1200 mil sabões. Isso sem contar outros produtos como detergentes e sabões pastosos.

As mulheres que produzem os sabonetes também consomem os produtos. "Elas usam os produtos e inclusive divulgam os resultados com base em suas próprias experiências", diz Gabriela. O objetivo é conscientizar a população sobre os danos causados pelo óleo usado de cozinha , seu mau manuseio e a importância do reaproveitamento e de se comercializar produtos ecológicos, dentro da comunidade e fora delas. São fabricados kits especiais para presentes e eventos, sabão líquido e pastoso e encomendas para empresas.

Fonte: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/noticia/2013/08/oleo-de-cozinha-usado-gera-bsabonetes-renda-e-orgulho-na-cidade-de-deusb.html


Aqui em Rondonópolis, em outubro, o vereador Hussein Daoud, após visita a um projeto de Brasilia, conseguiu a aprovação da Câmara Municipal de um projeto de lei que institui no município o programa de tratamento e reciclagem de óleo.

Assim, já temos um projeto de lei aprovado e bons exemplos que podem servir de  referência, novamente fico pensando.....o que será que está faltando?

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