Centrais mecanizadas de reciclagem começam a operar até julho em São
Paulo
Objetivo da gestão Fernando Haddad é ampliar a
coleta seletiva na cidade de 1% para 10% do total até 2016
por Rodrigo
Gomes, da RBA publicado 15/01/2014 17:28
São Paulo – As duas primeiras centrais de reciclagem mecanizadas da
cidade de São Paulo, anunciadas pelo prefeito Fernando Haddad (PT) durante a
ExpoCatadores no mês passado, começam a funcionar até julho deste ano, disse o
coordenador do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis Eduardo
Ferreira. Ele participou de uma reunião na manhã de hoje (15) com o prefeito, o
secretário de Serviços, Simão Pedro, e o presidente da Autoridade Municipal de
Limpeza Urbana (Amlurb), Silvano Silvério da Costa.
As centrais serão administradas por um
conselho gestor paritário, composto por representantes do poder público, dos
catadores e de empresas que vão operar a parte técnica das centrais. O conselho
vai regular também a partilha de recursos obtidos pelas centrais, que será
depositada em um fundo. O montante será dividido em parcelas para
reinvestimento, remuneração dos trabalhadores e outras destinações.
Cada central empregará até 90
catadores. Além disso, está em discussão um plano cujo objetivo é atender
catadores de cooperativas e os que atuam individualmente, integrando a seleção
manual e a mecanizada. São Paulo tem 20 mil catadores. As centrais mecanizadas
terão capacidade de processamento equivalente às 20 centrais manuais existentes
hoje.
Essa organização compreende a formação
de um banco de material, para onde a coleta das cooperativas e dos catadores
independentes serão enviadas antes de repassadas às centrais de processamento.
Com isso poderia se organizar um sistema de remuneração mais equilibrado.
Para Ferreira, os processos são um
importante avanço, mas é necessário estabelecer planos para os catadores que
não estão organizados. “Ainda precisamos cadastrar esses trabalhadores,
capacitá-los e integrá-los à política que está sendo desenvolvida. Mas, sem
dúvida, estamos avançando”, afirmou.
A ação faz parte da meta de Haddad de
ampliar de 1% para 10% a coleta seletiva na cidade de São Paulo, até 2016.
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